terça-feira, 25 de agosto de 2009

conto inacabado-2006

“O sangue me subiu a cabeça! Seu corpo delatava seus sentimentos. Sobretudo aqueles olhos, aquele olhar, distante e presente.”
E foi neste breve momento que suas almas se encontraram. Estavam magoados, com raiva, mas foi ali que se amaram. Não como homem e mulher, como mãe e filho, como amigo, mas unicamente como pessoas.
“Alguem abre a porta. E novamente eramos eu Paulo e ela Mirian”
O barulho toma conta da sala. Toda famillia havia chegado e logo os amigos tambem chegariam. A festa ia começar.
Mirian, ainda atordoada, tenta remontar aqueles cinco segundos, que por sua simplicidade e profundidade colocaram a beira do precipicio tudo que até então era importante. Sente medo, sabe que algo morreu, mas que também algo acabara de nascer, algo desconhecido e inominavel.
Paulo foge, sai da sala. Nunca pensou ser possivel sentir aquilo. Nunca esteve tão sem defesa e tão seguro.
Ambos sabiam, tudo estava prestes a mudar. E nenhum deles sabia em que direção, so uma coisa era certa... seria intenso.
“Paulo! Pra onde voce foi?! Vamos... aperece!”
Mirian havia decidido. Ia embora. Ou melhor, pra ela parecia que havia decido voltar de onde nunca partiu.
“Amo meus filhos, minha familia, amo Paulo, amo a mim. Entretanto não sei quem ou que sou, eu me perdi. Não sei onde nem como, mas deixei de ser eu. Levo a vida que escolhi, sou feliz, ainda assim posso... escolher outra vida. Sim outra vida. Adeus, eu os amo!”
A noite estava fria, seu corpo quente, talvez fosse o vinho. Não! Era ele, somente ele... olhando pra tudo que as luzes escondiam. Era o lado escuro da sua alma, o lado “desconhecido”, ou seria melhor dizer ignorado? Algo tinha que ser feito. Mas não agora. A festa tinha que acontecer, todos a estavam eperando, o buffet estava pago, os convidados ja estavam chegando. Amanhã. Sim amanhã ele iria procura-la, iria resolver tudo.

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